segunda-feira, 2 de junho de 2008

Patinando pelas terras de carolinus lagartixus lambricoides.

Amanhecer bem chuvoso, mal consegui me mexer, na verdade só vi um fio de luz, o céu cinza: "ah, agora intendi, não vou nadar hoje".
Mais tarde exatamente às 11:37, despertei muito sonolenta, dor de cabeça, vento frio, frio, frio.
"Será que to sonhando, ou é isso mesmo? CLIMA LONDRINO". Que maravilha não é? Andar nas ruas sem ter uma gota de suor, ventinho fresco batendo no rosto, diziam os jornais que poderia até nevar, (que mentira), jornalistas não tem mais pudor. hahaha.
Estava até na janela olhando o gato que subia o muro, as crianças brincando de "garrafão", velhinhas andando com blusas mais fechadas, o cachorro latindo para os carros, um cidadão como seu costumeiro cigarro...
-Posso muito bem sai pra patinar hoje, já que a frente fria está chegando e os jornais mentindo sobre a neve, que beleza, vou mais uma vez viajar.
Nada melhor que ouvir Led Zeppelin com a sua mãe e imitar Jimmy Page e Robert Plant, ouvir "rain song" no último volume, achando que é "dancing days", simplismente pensar no amor e "since i've been loving you", deitar na cama olhar pro teto colorido e ver a mamãe cantando a música que mais a acalma depois de um dia de estresse, "stairway to heaven".
Realmente viajei muito, ao lado de quem eu mais posso confiar. Mas ainda não era saciável, pensei em andar de patins, mas aonde estão meus patins? :O
Durante 15 minutos, os procurei, adivinha o que achei? Milhões de fotos , milhões, contado a dedo, hahaha. Nostalgia pura, que bom olhar para atrás, diferenças, crescimentos, conhecimentos, mundaças, escolhas, momentos, verdades, mentiras, lembranças, delírios, felicidades, sensações, emoções, dizeres, amores... Uma foto apenas podia dizer tudo, apenas uma. Imaginem muitas? É bom saber que não temos um passado vazio, que nele tivemos muito o que aprender, fotos geralmente congelam momentos, que nos fazem não esquecer.
Aquela magrela, só joelhos, nadadora, boxel, dançarina de nado sincronizado,atletismo garota saúde hein?ahaha. Imaginem ela, quando criança, muleca ou muleque? Quantas quedas, piadas, e brigas, manias, brincadeiras de menino, a mandona, a chata, a mais legal. Quem me dera ainda poder subir pelo muro, e me esconder na caixa d'água, me pendurar no cipó na casa do papai e surtar no lago, correr na chuva, ERAS CORRER NA CHUVA! (que saudade). Praça dia de domingo, maratona de triato, basquete "cuns muleques", volei com as meninas, surt at patins morcegagens... Ainda bem que o albinismo mental não fez com que essas coisas se apagassem da minha cabeça.
Ai, eu fui crescendo e conhecendo as maldades do mundo moderno, vamos aprendendo a nos dar com pessoas ruins, fazemos burrices, perdoamos, mas também nos divertimos, aprendemos outras maneiras que o capitalismo implantou para o entretenimento, gastamos nosso dinheiro, recuperamos ele, dançamos nus na praia, vamos em pé em cima de uma caçamba, gritamos "puta que pariu porra", fazemos xixi atrás dos amigos, confiando que eles não vão olhar, surtamos, e voltamos a ser crianças sempre,mas crianças infâmes! A realidade de hoje em dia parece mentira dos tempos passados, e assim vice versa, não conseguimos pensar num mundo sem violência e poluição, e antigamente, não conseguiamos pensar num mundo mal e perverso.
Somos hipócritas querendo uma revolução, revolução? Não, essa não é uma palavra adequada, soa como guerra, brigas, cagadas...
Mas ainda bem que existe a nostalgia, viver lembrando do passado, fazendo bem o presente, pra não se ferrar no futuro...
Espelho de mim mesma, fico feliz em saber que admito meu eu.
Eu poderia fazer um final, mas meus dedos cansados e quase com lér, não me deixam caminhar...
é isso, FIM.

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